terça-feira, 21 de maio de 2013

28

vinte e oito anos parece coisa de gente séria. afinal, já se passaram dez desde que a maioridade chegou e os trinta estão logo ali, batendo na porta. para a astrologia, essa fase é chamada o retorno de saturno. o momento de deixar de vez a juventude para trás e assumir a quem se é, com todas as dores e as delícias as que, a essa altura nós conhecemos tão bem. celebro, hoje, as grandes conquistas da vida e mais do que isso, as minhas próprias escolhas. uma carreira que me satisfaz, as pessoas que entraram - e ficaram - na minha vida, uma cidade que aprendi a chamar de minha. e também as pequenas alegrias, poder receber amigos em casa para comemorar, almoçar no meu japonês favorito com uma equipe que me ensina tanto, ter descoberto a Yoga, o Mumford, o Itaim, e até que, na verdade, eu detesto dirigir. 

acho os vinte uma década muito intensa. é quando você começa a construir praticamente tudo que vai ficar, mesmo que depois as coisas mudem. é uma fase de muita diversão, ter o próprio dinheiro, o próprio apartamento, poder viajar para todo canto, jantar um pedaço de queijo e gastar muito mais do que devia numa bolsa - no meu caso, saia. mas também é um período de muita angústia e questionamentos. o que é mais importante para nós? onde queremos chegar? e mais, estamos no caminho certo para chegar até lá? ainda não sei nada disso, mas hoje, com 28, não quero achar respostas. quero comemorar ter vivido até aqui. 



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