domingo, 25 de novembro de 2012

Rio de sol, Rio de chuva

dessa vez, foi quase uma epopeia chegar ao Rio. entre voo perdido e ficar presa para fora de casa, quase desisti. mas atravessando a Delfim Moreira sob o sol de sábado, sobrava certeza que tudo tinha valido a pena. o sábado foi perfeitamente carioca: amigos na praia, mate gelado, chope no Bar Lagoa e a chuva só apareceu depois das 6 da tarde. em dias como esse, minha alma canta - e eu sei que não preferia estar em nenhum outro lugar do mundo. no papo da praia, uma amiga contava dos planos iminentes de se mudar para a Europa, atrás de uma proposta de trabalho. com toda a excitação da novidade, uma voz no fundo dizia "você só pode estar louca de pensar em deixar isso aqui pra trás". aí uma voz muito mais consciente me lembra: quem é você pra dizer isso. não há nada mais perfeito do que um sábado carioca. 



mas a mesma chuva que chegou na hora certa, não parou, e o domingo amanheceu cinzento, daqueles dias perfeitos para ficar em casa. só que a minha casa, hoje, está lá do outro lado da ponte-aérea. então parei para me perguntar o que se faz mesmo quando chove no Rio? preguiça na cama? um filme na TV? almoço no fim da tarde? parece que ausência de sol muda a vida da cidade. as fotos orgulhosas somem do Instagram e as pessoas somem das ruas. quase que como num ato de protesto contra São Pedro, claro, por ter aprontado uma dessas em pleno domingo. definitivamente, cariocas não gostam de dias nublados. 


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