domingo, 25 de setembro de 2011

Uma década

10 anos é tempo à beça. Toda vez que digo "isso faz dez anos" me sinto imediatamente mais velha. Não há muito, dez anos era um passado longínquo, do qual tinha pouca ou quase nenhuma memória, a maioria construída por fotos ou histórias familiares. Mas já diria Cazuza, o tempo não pára....

Neste 2011, algumas coisas completamente distintas e não-relacionadas atingiram o marco de uma década. Todas elas, de certa forma, mudaram minha vida e certamente outras mais.

Há dez anos, estive na minha primeira (mas de fato terceira) edição do Rock in Rio. Era janeiro, fazia um calor insuportavelmente carioca, nenhum dos meus amigos dirigia e tampouco usava celular. Máquina fotográfica ainda era analógica, salvo raras exceções, internet se resumia ao ICQ e eu estava de férias. Hoje, o evento está sendo transmitido ao vivo, para o mundo todo via YouTube, enquanto as pessoas participam via Twitter/Facebook/Orkut. Assisti Foo Fighters, REM, Cassia Eller, Guns 'n Roses, Oasis, Carlinhos Brown, 'N Sync e Britney Spears (porque a juventude tem dessas), Capital Inicial, Red Hot Chilli Peppers, Siverchair e mais alguns secundários. Também vi Los Hermanos na tenda Brasil, numa época em que eles só tinham os hits Ana Júlia e Primavera e tocavam, a preço de banana, no Ballroom. Bons tempos...
De tudo isso, continuo gostando apenas de Guns, Foo Fighters, REM, Los Hermanos e, descobri ontem, Chilli Peppers. Naquele ano o Dave Matthews também tocou, mas se hoje são minha banda favorita, nem me lembro de ter tomado conhecimento do fato.

Também em 2001, alguns meses depois, caíram as Torres Gêmeas no maior atentado em solo americano e talvez principal episódio histórico ao qual eu tenha assistido. Eu ainda não conhecia NYC, cidade que poucos anos depois viria a se tornar dona do meu coração. E jamais conheceria o World Trade Center, assim como não ouviria o Freddy Mercury cantar ao vivo. Ainda que a internet já existisse, a cobertura mundial foi, principalmente, televisiva. Há duas semanas, quando o aniversário foi relembrado, acompanhamos via redes sociais e blogs a história narrada pelos olhos da população.

Por fim, foi naquele ano que fiz uma dessas amizades que levamos para a vida toda. Grey's Anatomy ainda não existia, mas eu viria a saber, anos mais tarde, que tinha conhecido my person. São desses amores que não têm cobrança, nem exigências. Que não precisam ser alimentados diariamente e sobrevivem até aos mais difíceis episódios. Que te acompanham em qualquer fase, por qualquer cidade e podem até mudar, mas sempre lembram o que existe de mais essencial na vida.

Que venham os próximos dez.

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