não posso dizer que fui surpreendida pelo anúncio da morte de Amy Winehouse neste sábado. Mas não por isso fiquei menos abalada.
lembro bem quando ela entrou na minha vida. O ano era 2008 e estava de mudança para São Paulo. Eu, que sempre gostei de jazz, mantinha na minha playlist artistas como Ray Charles, Diana Krall, Chet Baker e Ella Fitzgerald. Eis que, de repente, essa moça apenas um ano mais velha do que eu estava ganhando todas as disputas do iPod. Amy já lançara seu segundo CD e fazia sucesso na Europa e nos Estados Unidos, mas para mim era a grande novidade. A beleza de descobrir um artista tardiamente é que já existe uma obra a ser explorada. Talvez por isso sempre tenham me agradado os antigos...
o fato é que Amy passou a me acompanhar todos os dias na volta do trabalho, aos finais de semana em casa e nas noites com amigos. No Carnaval do ano seguinte várias moças estavam fantasiadas com suas perucas pretas de topete enorme e delineador excessivo. Ela virava, sutilmente, o ícone de uma geração - a minha.
talvez eu seja uma pessimista, ou talvez a história já tenha se repetido demais. não vi morrer Jimi Hendrix nem Janis Joplin, ainda era pequena quando foi a vez de Kurt Cobain. mas era muito óbvio que o dia 23 de julho chegava à galopes. Jurei várias vezes que não perderia uma oportunidade de ir a um show da Amy, afinal, poderia ser única. Perdi. E foi única.
O sucesso foi breve e meteórico, mas são muitas as músicas que vão ficar. Para encerrar o domingo e este capítulo da história, deixo com vocês a minha favorita, ao vivo, como gostaria de ter assistido.
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