domingo, 24 de julho de 2011

a minha Amy


não posso dizer que fui surpreendida pelo anúncio da morte de Amy Winehouse neste sábado. Mas não por isso fiquei menos abalada.

lembro bem quando ela entrou na minha vida. O ano era 2008 e estava de mudança para São Paulo. Eu, que sempre gostei de jazz, mantinha na minha playlist artistas como Ray Charles, Diana Krall, Chet Baker e Ella Fitzgerald. Eis que, de repente, essa moça apenas um ano mais velha do que eu estava ganhando todas as disputas do iPod. Amy já lançara seu segundo CD e fazia sucesso na Europa e nos Estados Unidos, mas para mim era a grande novidade. A beleza de descobrir um artista tardiamente é que já existe uma obra a ser explorada. Talvez por isso sempre tenham me agradado os antigos...

o fato é que Amy passou a me acompanhar todos os dias na volta do trabalho, aos finais de semana em casa e nas noites com amigos. No Carnaval do ano seguinte várias moças estavam fantasiadas com suas perucas pretas de topete enorme e delineador excessivo. Ela virava, sutilmente, o ícone de uma geração - a minha.

talvez eu seja uma pessimista, ou talvez a história já tenha se repetido demais. não vi morrer Jimi Hendrix nem Janis Joplin, ainda era pequena quando foi a vez de Kurt Cobain. mas era muito óbvio que o dia 23 de julho chegava à galopes. Jurei várias vezes que não perderia uma oportunidade de ir a um show da Amy, afinal, poderia ser única. Perdi. E foi única.

O sucesso foi breve e meteórico, mas são muitas as músicas que vão ficar. Para encerrar o domingo e este capítulo da história, deixo com vocês a minha favorita, ao vivo, como gostaria de ter assistido.



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