domingo, 12 de dezembro de 2010

Washington, D.C. - férias parte I

após alguns meses de ausência forçada pelo excesso de trabalho, volto, de férias e blogando diretamente dos EUA

sete anos depois, voltei a Washington, D.C. semana passada. neste tempo, a capital americana recebeu o primeiro presidente negro da história do país, um novo museu, atravessou a pior das crises econômicas recentes, mas é como se tivesse ficado parada no tempo.

com uma população de 5.4 milhões de habitantes, D.C. é sede do governo da maior potência do mundo e recebe pessoas de todos os lugares. ainda assim, é uma cidade pacata inserida numa estrutura de metrópole. o metrô, ao contrário do novaiorquino, é limpo e organizado, mas não é nem de perto tão eficiente - ou interessante. os washingtonians parecem ter saído daqueles filmes americanos nos quais vivem a rotina casa-trabalho sem grandes emoções. a própria cidade tem não mais que 500 mil habitantes, mas esse número chega a 1 milhão durante os dias de semana, isso porque a maior parte prefere a pacata vida dos subúrbios que circundam a área. é este ritmo de vida que está impresso no dia a dia de D.C.

ainda assim, a cidade abriga alguns dos melhores museus dos Estados Unidos e mundialmente reconhecidos. até nisso, a ordem impera. se você quiser visitar os museus e monumentos não se preocupe: eles estão estrategicamente situados em torno de uma grande área verde chamada The Mall. Além dos imperdíveis National Gallery of Art e National Museum of Natural History, nesta visita tive o prazer de conhecer o Newseum, um dos mais recentes de lá. o Newseum, como o próprio
nome sugere, é sobre a notícia. as instalações são modernas e o acervo interativo e surpreendente. desde um pedaço do muro de Berlim até o primeiro helicóptero com câmera, passando por exposições como as fotos vencedoras do Pulitzer ou a cobertura jornalística do furacão Katrina.

a tímida agitação da cidade se concentra em áreas como Georgetown (M Street), onde estão as principais lojas e comércio local, Dupont Circle e Chinatown, que reúnem os melhores restaurantes e bares. esses lugares podem dar a impressão de uma grande cidade, digna de capital do mundo, mas reles 20 minutos no metro saindo da região central são suficientes para voltar ao cotidiano dos suburbs.

com toda organização, D.C. já foi considerada a capital do crime nos Estados Unidos, durante os anos 1990 pelos altos índices de assassinato. ainda hoje, é esnobada por muitos WASPs por sua população de negros ser tão significativa - cerca de 36% atualmente. outro problema para os washingtonians é o trânsito, o pior do país, talvez pelo grande número de commuters (como são chamados os que vivem nos subúrbios e trabalham na cidade). em seu favor, a cidade é muito limpa e bonita, com uma arquitetura equilibrada entre o pós Guerra Civil e o moderno. os esquilos são um charme à parte: por onde você anda, há pequenos esquilos cruzando a calçada, subindo pelas árvores e mergulhando nas lixeiras. uma graça.

D.C. está muito perto de Baltimore, cidade que tive a oportunidade de conhecer durante minha estada há muitos anos, mas não valia a pena naquela época, e duvido que isso tenha mudado. o estado de Maryland, onde está D.C., faz fronteira com a Virginia, que fica logo ali do outro lado do rio Potomac. é possível, inclusive, fazer a travessia de metro em poucos minutos. coisa de país desenvolvido.

Mas a melhor parte de D.C., sem sombra de dúvidas, é que a cidade está a 4 horas (de carro) ou 40 minutos (de avião) de Nova York e por um preço super acessível: o ônibus que sai do centro de uma para downtown da outra, custa algo como U$ 20 e é muito seguro. só que a Big Apple é outro capítulo, ou melhor, posts por vir!

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