segunda-feira, 1 de novembro de 2010

a balela da exclusividade

2010. internet, blogs, facebook, twitters e o que mais esteja à disposição. em um mundo como o de hoje, como pode ainda haver jornalistas preocupados com a questão da exclusividade? francamente, repórter que só aceita matéria exclusivíssima - veja, para alguns, não pode sequer ter saído em blog - está com preguiça (ou falta de competência) de fazer uma boa apuração.

quem trabalha com PR sabe do que estou falando. por incrível que pareça, temos veículos do porte da Veja ou da Folha de S. Paulo dispensando notas relevantes porque estas já foram "publicadas" em blogs amadores. e não estamos nem falando daqueles blogs super-ultra-acessados, e sim de um tão despretensioso como esse Melhores Palavras.

hoje, por exemplo, trabalhamos aqui na agência com uma divulgação global, que começou em Nova York e envolveu 60 países. não se passaram nem duas horas até que a informação estivesse pelos quatro cantos da internet. nesta realidade, será que não está mais do que na hora de pensar em uma outra abordagem ao jornalismo? podem mesmo os experientes editores de nossa imprensa estarem sucumbindo aos blogueiros?

se o STF determinou que o diploma não é mais necessário para exercer a função de jornalista, nós nada mais estamos fazendo do que ratificar essa decisão. então quer dizer que não é preciso ter técnicas de apuração, habilidades de escrita e noções de hierarquização da notícia, basta escrever três frases por aí para derrubar o poder de um Estadão?

tenham santa paciência.

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