segunda-feira, 3 de maio de 2010

vícios tecnológicos

neste final de semana, ao saber do meu assumido vício por tecnologia, um amigo me perguntou quanto tempo eu conseguia ficar sem mexer no celular. imediatamente me ocorreu que ele queria uma resposta em horas, claro, porque dias nem pensar.

desde que o smartphone entrou na minha, nas nossas vidas, o celular virou um verdadeiro vício. para dar uma dimensão, no dia a dia eu sequer guardo o meu na bolsa. ando com ele na mão (sim, na mão) pra lá e pra cá. se estiver sentada no escritório ou à mesa de um restaurante, ele estará lá do meu lado. nos cinemas, teatros e aulas, jamais desligo - ponho no silencioso para não atrapalhar ninguém, mas continuo controlando o que acontece. até no avião uso o modo off-line, mas não desligo. aliás, nunca desligo, nunquinha mesmo. nem à noite. e o melhor de tudo é que raramente uso para ligação. a maior parte das vezes estou em um dos milhares de aplicativos, como e-mail do trabalho, pessoal, Facebook, Twitter, Google Reader, etc.

você se reconheceu no parágrafo acima, não é? tenho certeza de que, como eu, existem milhares hoje. e não é privilégio dos jovens. muitas pessoas que viveram 40 anos sem celular hoje não imaginam o mundo sem o aparelhinho. quer um exemplo? hoje, no Brasil, são 175,6 milhões de celulares. achou pouco? na última pesquisa do IBGE, feita em junho de 2009, a população brasileira era de 191,5 mm.

o problema é que os celulares podem até estar ficando smart. nós, nem tanto. quem confessou ter se identificado com os sintomas acima, agora admita: quantas vezes já usou o celular enquanto dirigia? rapidamente, para checar um e-mail ou mandar um SMS. pois é. nos EUA, 6.000 pessoas morreram em 2008 vítimas de 'distracted drivers', ou seja, você, quando está ao celular. o alerta foi levantado pela Oprah, sempre ela, que decretou dia 30/4, última sexta-feira, como No Phone Zone Day. a ideia é mostrar que nós podemos deixar os celulares de lado por alguns minutos em nome da segurança física e, porque não, mental.

eu já aderi, mas que ninguém venha com a ideia de no internet day. um vício de cada vez.

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