domingo, 20 de setembro de 2009

Crepúsculo - o filme

Stephenie Meyer está em todas as listas dos mais vendidos. E não apenas com um livro, mas quatro: todos da série vampiresca Crepúsculo. Há muito havia decidido que deixaria de lado esse fenômeno do momento. Afinal, a cada par de anos é um novo, e menos por uma questão de preconceito do que de prioridade, optei por não encarar os imensos volumes.


Eis que, duas semanas atrás, assistindo ao Video Music Award, uma das premiações da música mais badaladas, promovidas pela MTV, lá estavam três personagens do filme Crepúsculo para anunciar o trailer exclusivo do segundo episódio da saga, Lua nova, que estreia em novembro. O que a série de livros/filmes tinha a ver com a premiação? Nada, a não ser o fato de ambos serem dirigidos ao mesmo público - jovens entre 15 e 25 anos. Diante dessa gloriosa roubada de cena, cheguei à conclusão que não dava mais para ficar de fora e aluguei o DVD do primeiro filme.


Resultado: decepção. O filme é bem feitinho, com todos aqueles ingredientes que podem prender o espectador - mas jamais chega lá. Está certo que o livro pode (e deve ser) um tanto mais envolvente, mas a história também não é lá essas coisas. Toda a trama gira em torno do amor de Bella (adolescente mortal que muda-se para a casa do pai em uma cidadezinha fria) e Edward (vampiro que finge ser um adolescente e frequenta a mesma escola que ela). Acrescente-se a isso um pouco de suspense, representado pelos vampiros inimigos que partem em uma caçada à Bella, da qual Edward, claro, vai salvá-la e protegê-la. E só.

A história dessa paixão poderia ser suficiente para encantar, mas dificilmente convence, caso você tenha mais de 17 anos. É tudo muito intenso, excessivamente dramático. Tudo muito... teen. Em meia dúzia de encontros os dois já estão morrendo de amores um pelo o outro e, claro, como todo bom adolescente, estão dispostos a enfrentar o mundo para viver essa paixão. É como se o diretor nos forçasse a acreditar na força desse amor que, cá prá nós, se faz pouco crível.


Como a série é dividida em quatro episódios, esperemos que o segundo capítulo engrene e mostre a que veio. Caso contrário, ainda sou mais o mundo mágico de J. K. Rowling, que não peca por excessos, e é capaz de construir o universo de fantasia, sem pedir licença.

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