sexta-feira, 17 de setembro de 2010

culpa, para quê te quero?


atire a primeira pedra que nunca criou um blog e depois não teve tempo suficiente para mantê-lo. guilty as charged. todas as blogueiras que sigo e admiro, vira e mexe publicam um post se desculpando, literalmente, pela ausência de palavras - este é um deles. o motivo é sempre o mesmo: falta de tempo. notem que eu disse blogueiras.

ontem estava assistindo House, série que eu descobri com certo atraso, mas adoro, e o episódio era sobre Cuddy, a diretora do hospital. a história é que a moça, solteira e bem-sucedida, decide adotar um bebê abandonado por sua paciente. o sonho de ser mãe não aconteceu da maneira convencional, mas, para ir adiante, precisava do aval do serviço social americano. no dia em que ela recebe o tal representante, a babá faltou e a casa está o um caos. para poder estar lá, ela abre mão de suas obrigações no hospital. o resultado é que ela acaba sendo aprovada, porque, segundo o funcionário, tem estabilidade financeira e emocional, mais do que se pode dizer sobre a maioria das mães.

horas mais tarde, um amigo vem visitá-la e encontra a moça desolada. ela conta que a visita foi péssima. sem entender, ele insiste no fato de ela foi aprovada afinal, então qual o problema? Cuddy explica que a aprovação veio por conta dos baixíssimos padrões e que, por sua própria avaliação, ela jamais teria passado. falhara no trabalho e em casa. o rapaz acerta na mosca, com uma fala mais ou menos assim:

"- Por que vocês, mulheres, sempre fazem isso? Estabelecem padrões impossíveis de cumprir?Peça ajuda! Qualquer homem em sua posição teria, no mínimo, dois assistentes no hospital, uma babá e a esposa em casa, mas vocês acham que precisam fazer tudo sozinhas..."

Deu pra entender?

Bom final de semana!

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