o grande barato da era da informação não é mais o fato em si, mas exatamente a maneira como ele repercute, cresce, estoura, até virar uma simples marolinha. é a velha história do que "quem conta um ponto aumenta um conto" - talvez nossos filhos um dia digam "quem retuíta aumenta um caracter", ou algo do gênero, mas o fato é que salvo raras exceções, somos nós que estamos de fato fazendo a notícia. ao menos o lado analítico, crítico. enquanto jornais saem na correria ensandecida para tentar postar tudo em tempo real e mais rápido do que os concorrentes, é nos Facebooks, Twitters e Blogs que os acontecimentos ganham corpo e peso. Uma mesma notícia provavelmente é repercutida com maior ou menor intensidade aqui e na Suécia, assim como as referências culturais e sociais serão outras. essa é a verdadeira interatividade, pois é quando damos identidade ao mar de informações.
se você pensar por instantes, vai perceber que as pessoas que escolhe seguir no Twitter são aquelas que de alguma maneira fazem um recorte do cotidiano que lhe interessa, seja por semelhança ou diferença. veja, o Orkut era uma simples réplica dos seus amigos. ali estavam colegas de trabalho, de colégio, ou grandes amigos do dia a dia. mas a proposta do microblog é outra. tenho vários amigos a quem não me interessa em nada seguir no Twitter, talvez porque eles sejam virtualmente desinteressante. em contrapartida, há pessoas cujas ideias e passos eu acompanho há mais de ano e nunca sequer vi na vida, nem sei o último nome.
em resumo, se minha vida cibernética fosse uma redação, a baleia do Twitter seria o editor e os usuários, pauteiros.
Amei Naná!!! Pode ser que na nossa vida "real" não estejamos muito conectadas como já estivemos um dia, mas na cibernética te sigo de perto e constantemente. bjos digitais. Vavi
ResponderExcluirExcelente exposição sobre interatividade.
ResponderExcluirbj
Livia Garcia-Roza