Parece que o Twitter é a bola da vez - celebridades usam para ganhar atenção do público, a mídia entra no jogo e publica notícias sobre o que os famosos andam fazendo por lá e... claro, o mundo dos negócios discute como aproveitar a tendência para potencializar suas ações de marketing. Como todas as ferramentas da Web 2.0, o Twitter é muito criticado por alguns, que dizem não passar de uma bobagem, e superestimado por outros, que apostam todas suas fichas na novidade.
Para os perdidos, funciona assim: as pessoas criam um perfil simplificado e podem postar updates curtos (até 140 caracteres) que são recebidos por seus "seguidores". Usuários podem "seguir" quantas pessoas quiserem e passam a acompanhar todas as atualizações (twitters) publicadas. Na prática, é como uma versão mais simplificada e rápida de um blog. Aliás, blogueiros podem associar seu site ao Twitter, fazendo um intercâmbio de postagens. (estou curiosíssima para testar, mas um problema técnico de peopleware me impede) Aos descrentes, um alerta: o Twitter, que em 2008 estava em 22 lugar entre as redes sociais, alcançou a 3a posição em fevereiro deste ano, com 6 milhões de usuários, ficando apenas atrás de Facebook e MySpace. Outra pesquisa recente aponta que 40% dos executivos prefere o Twitter para comunicação de negócios, deixando o LinkedIn em segundo lugar.
As editoras parecem determinadas a aproveitar a oportunidade. Algumas como Penguin Books (Reino Unido), Thomas Nelson e Macmillan (EUA), não só tem uma conta em nome da própria empresa que é atualizada com notícias sobre seus lançamentos, autores da casa e eventos, mas apostam além: segundo eles, os editores não devem ter medo de associar-se pessoalmente ao Twitter e, em vez de fazer parecer mais uma frente de marketing, mostrar ao público o que os motiva no mundo dos livros. Como as atualizações são rápidas - podem ser feitas a partir de smarphones com tanta facilidade quanto mandar um SMS - e curtas, a ideia é que os funcionários de editoras compartilhem seu dia-a-dia com os leitores, acrescentando seu toque pessoal, mas, claro, sobre assuntos que possam interessá-los.
Por sua essência colaborativa, o Twitter também funciona como uma janela de feedback do mercado para as editoras. É possível testar a receptividade de títulos, marcas e produtos em geral. Claro que ainda é um momento de experimentação, mas na indústria de publishing é sempre necessário estar atento às novidades e, muitas vezes, testar mesmo. Certamente o objetivo primário não deve ser aumento direto de vendas. É preciso primeiro investir em uma relação primeiro - mesmo que ela seja virtual - antes de cobrar retorno...
Estou tentando também utilizar esta ferramenta, que parece ser muito interessante.
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