sábado, 18 de abril de 2009

Kindle 2, test-reading

Finalmente consegui um Kindle 2 - aquele leitor de livros digitais da Amazon - para brincar. Quer dizer, testar...

Ele é lindinho e, assim, à primeira vista, é capaz de conquistar a atenção de qualquer e-lover. É também absolutamente supreendente, mas ainda tem alguns pontos a melhorar.
Por partes.


A favor:

O Kindle 2 tem um design super bacaninha. É branco na frente e prata fosco atrás, quase como um dos primeiros iPods videos. Além disso é consideravelmente leve (290g) e muito, muito fino, tanto quanto revistas;

A leitura na tela é muito agradável. O fundo cinza em cima do qual as letras são aplicadas (em vez do branco como no computador convencional) facilita a visualização, aproximando mais a qualidade a de um papel impresso. A tela também não emite luz, por isso não cansa a vista em leituras longas. A semelhança com uma página de livro é impressionante - chegamos a ver as ranhuras da fonte;

O feature de dicionário é muito bom. Para qualquer palavra que você clique, imediatamente aparece a definição do The New Oxford American Dictionary no rodapé;

É possível fazer anotações e grifos ao longo do texto;

O Kindle 2 também armazena música, para quem gosta de ler com trilha sonora ao fundo;

O mais bacana é que a cada e-book comprado, a Amazon faz um backup da sua biblioteca para você (que inclui as suas marcações no texto). Por isso, caso um dia perca o Kindle, é só fazer o download de todos os títulos.


Contra:

A tela ainda poderia ser um pouco maior, principalmente considerando o tamanho dele. Há muito espaço sub-aproveitado (com as teclas);

O tamanho dele não é dos mais confortáveis para muito tempo. Não é nem grande o bastante para segurar com as duas mãos, nem pequeno o suficiente para uma só;

O joystick para navegar no menu e a tecla de virar páginas já são um pouco ultrapassadas. Talvez, com a tecnologia touchscreen fosse mais rápido operar e ainda permitiria aumentar o tamanho da tela;

As imagens são em preto e branco, o que prejudica certos livros - com caderno de fotos, ou livros de arte, por exemplo;

E não que o Kindle seja difícil de mexer, mas também não é dos aparelhos mais user friendly do mercado.


Muitos vão dizer que a experiência de ler um livro é muito física e pessoal para ser digitalizada. Preferências à parte, os amantes da leitura devem lembrar que, com um único Kindle você consegue carregar para onde quiser mais de 4.000 livros diferentes.


Mas o principal é que os features que diferenciam o Kindle 2 de outros e-readers não estão disponíveis fora dos EUA: compra de livros direto do site da Amazon, em qualquer lugar, sem depender de internet, em menos de 60 segundos; acesso aos grandes jornais e revistas.


Além disso, mesmo que seja possível comprar os livros eletrônicos no site da Amazon e fazer a transferência usando um cabo usb, a loja do Kindle só aceita cartões de créditos emitidos nos EUA, portanto, para nós, nada feito. Temos mesmo que esperar. E torcer para que, até chegar ao Brasil, o Steve Jobs já tenha resolvido fazer um iKindle...

Um comentário:

  1. ainda não vimos o kindle2 e tampouco o kindle1, mas a sua descrição é excelente e sua análise é brilhante. Assim, por enquanto, ficamos com o seu blog.
    os cariocas.

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