ontem, dia 8, o Governo do Estado inaugurou a Biblioteca São Paulo, no Parque da Juventude, onde funcionava o presídio Carandirú. A trabalho, participei da cerimônia de abertura, e sai impressionada.
A Biblioteca mais tem cara de Saraiva do que aquelas antigas - e o objetivo era exatamente esse. O espaço que um dia foi conhecido pela superlotação e seus massacres violentos, se transformou em um ambiente de cultura moderno e gratuito. O acervo começa com 30.000 livros e 8.000 CDs e DVDs, além de jornais e revistas do mundo todo. A estrutura é toda dividida por faixa etária, desde crianças, até adultos, e tem um espaço dedicado para deficientes físicos e audiovisuais. Apesar de ser possível emprestar qualquer livro do acervo, todo o ambiente é feito para que as pessoas de fato queiram ficar por lá.
Que atire a primeira pedra quem achou que as bibliotecas estariam, a essa altura, fechando as portas. Mas lá estavam, além de toda a trupe política, nomes como Pedro Moreira Salles, Arthur Nestrovski e Ignácio de Loyola Brandão para mostrar que cultura ainda está na moda. Se a proposta é atrair os jovens, não poderiam faltar, claro, computadores. E não faltam. Também estão lá os best-sellers do momento, de vampiros a Dan Browns.
Discussões políticas a parte, o fato de se oferecer em São Paulo um espaço como este é aplaudível. Enquanto os grandes brigam por uma fatia do mercado de e-books, aqui no Brasil ainda precisamos criar o hábito da leitura, independente da plataforma. Uma iniciativa muito bacana.
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