Na revista Veja desta semana está uma ampla matéria sobre o livro A ascensão do dinheiro, do escocês Niall Ferguson. Se a recente crise financeira nos serviu, enquanto sociedade, para alguma coisa, foi definitivamente para devolver à economia o status de ciência humana que lhe pertence. Como o repórter muito bem destaca, durante as últimas décadas, criamos a mítica de que o mercado financeiro é perfeitamente racional e, portanto, não está sujeito à falhas.
Os acontecimentos globais do último ano derrubaram esse argumento - como tantos outros o são no âmbito acadêmico. Hoje, o que se lê no universo mais próximo de microeconomia, que seria aquele habitado pelas áreas de finanças e negócios, são revistas e jornais especializados - Exame, Valor Econômico - estudo de cases e `dicas` no melhor estilo autoajuda de livros sobre a história do Google, as melhores estratégias de marketing, e até os O monge e o executivo da vida.
O que o sucesso deste livro - que já é um best-seller em mais de trinta países - seguido do espaço que discussões de nível mais teórico acerca das consquências que sofremos na prática querem dizer, nada mais é do que aquilo provado por Ferguson em seu livro: por trás dos modelos que hoje sustentam a economia global, estão séculos de história e personagens que marcaram as inovações financeiras, que datam seus primórdios na antiga Mesopotâmia.
Não, nós não inventamos a roda. Standing on the shoulders of giants.
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