quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

De volta ao Kindle

Dia 9 de fevereiro a Amazon anunciou o Kindle 2. Para quem ainda não conhece, o Kindle é um aparelho leitor de e-books. Ou seja, um eletrônico mais ou menos do tamanho de um palm-top que armazena versões digitais de livros e permite que o usuário leia quando e onde quiser. Por enquanto, o bichinho só está à venda nos Estados Unidos – até porque é preciso ter um sistema sem fio para baixar os livros – mas o lançamento na Europa está previsto para este ano, o que significa que não deve demorar a chegar à América Latina.

Apesar de preferir ler impresso, gostaria muito de experimentar o Kindle. Mais do que isso, aplaudo a iniciativa, que não só moderniza como estimula a literatura, já que estamos lidando com gerações criadas na era digital. Aí voltamos a tal versão 2. A maior parte das novidades fica a cargo das evoluções tecnológicas que qualquer aparelho sofre: ficou mais leve, mais prático, mais friendly, mais tudo. E ficou mais ousado também. O Kindle 2 vem com uma função que reproduz o texto em áudio, ou seja, a máquina lê o livro para você. Muito bacana se considerarmos os ganhos para deficientes visuais, mas a organização norte-americana The Authors Guild levantou uma bola que não pode ser desprezada. A leitura do texto transforma o e-book (livro digital) em áudio-book, aquele cujo avô era em fita cassete, e cujas vendas representaram nada menos que U$ 1 bilhão em 2007. A questão esbarra nos direitos autorais, constante “estraga-prazeres” da indústria tecnológica. Segundo eles, os autores devem se precaver ao vender direitos de e-books daqui pra frente e contemplar essa possibilidade, que deve significar mudanças no contrato. A discussão sobre e-books x áudio books ainda vai longe. De qualquer forma, sabemos que aqui no Brasil as coisas chegam depressa, vale o alerta para autores e editoras: não dá para ignorar o Kindle, mas pode ser possível usá-lo a seu favor.

4 comentários:

  1. Ainda tenho muitas dúvidas sobre o Kindle. Será que não poderíamos usar o celular para ler livros? Ainda é muito caro (US$ 350). Ele proporciona uma boa experiência de leitura?

    Nunca vi o aparelho em funcionamento também. Então, convoco alguém que já o testou a deixar uma opinião aqui para nós.

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  2. Eu mal posso esperar a hora de poder comprar um Kindle que funcione no Brasil. Acho que é uma ótima solução para esperas em transportes públicos. Além do mais, ele tem uma função que me agrada bastante, a dos feeds diários do NY Times, por exemplo.

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  3. Também estou curiosíssima! Sou muito relutante para ler em tela de computador, mas ao que tudo indica o Kindle tem tudo para ser uma ótima saída para mobilidade. Além da questão de espaço em casa também. Os amantes da leitura sabem a dificuldade de coordenar o armazenamento de centenas de livros com micro-apartamentos da cidade moderna...

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  4. Já pude experimentar algo parecido, ao ler textos no meu palm. Não deu certo.
    A falta de espaço é um bom argumento. Eu que mandei fabricar uma estante para minha pequena biblioteca, já a vejo lotada. Mas cá entre nós, não consigo ler um livro sem um bom lápis na mão, que me permita marcar frases, fazer comentários, expressar minha admiração nas laterais das páginas. Acho que por esse motivo, ainda vou demorar a me empolgar com um bichinho desses.

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